Qual a diferença entre letramento e alfabetização?
Historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino-aprendizagem da “tecnologia da escrita”, quer dizer, do sistema alfabético de escrita, o que em linhas gerais significai, na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em “sons”, e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos.
A partir de 1980, o conceito de alfabetização foi ampliado com as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, particularmente com os estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky.
É na metade dos anos 1980 que surge a palavra LETRAMENTO no discurso de especialistas das Ciências Lingüísticas e da Educação, com a tradução da palavra inglesa literacy. Sua tradução se faz na busca de ampliar o conceito de alfabetização, chamando a atenção não apenas para o domínio da tecnologia do ler e do escrever (codificar e decodificar), mas também para os usos dessas habilidades em práticas sociais em que escrever são necessárias.
Implícita nesse conceito está a idéia de que o domínio e o uso da língua trazem conseqüências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas, lingüísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo que aprenda a usá-la.
Portanto letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita. Como são muito variados os usos sociais da escrita e as competência a eles associadas (ler um bilhete simples a escrever um romance), e freqüente levar em consideração níveis de letramento (dos mais elementares aos mais complexos). Tendo e vista as diferentes funções como por exemplo: para se distrair para se informar e se posicionar. E as formas pelas quais as pessoas têm acesso à língua escrita com ampla autonomia.
Concluímos que alfabetização e letramento caminham juntos, pois o ensinar a língua escrita é levar o aluno a conhecer, utilizar e valorizar os modos de produções e de circulação da escrita na sociedade; Conhecer usos e funções sociais da escrita; Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura: Compreender e valorizar o uso da escrita com diferentes funções, em diferentes gêneros. Não ser um mero reprodutor, mas construir e registrar sua própria história. Perceber-se no mundo como alguém que faz a diferença.
Quem sou eu
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Assinar:
Postagens (Atom)